Quem disse que eu não sou?
Sou um negro, um mulato
Que passou a vida fugindo
Dentro do mato
Mas hoje não sou fugitivo
Tenho minha carta de alforria
Que eu guardo com muita alegria
Poucos de tantos negros do Quilombo sobreviveu
E um sou eu Um negro alforriado
Que já sofreu e apanhou igual um condenado
Mas coitado daquele que me bateu
Porque hoje estou vivo e muitos deles morreu
Agora eu já sou um velho que não serve pra nada
Mas eu te garanto que a minha historia
Vai ficar guardada por toda eternidade
Eu digo e provo que sou negro,
E com muito amor pela minha vida, e,
Pelo meu povo que é da minha cor.
de Nayane Teixeira Rodrigues
Candiba - BA - por correio eletrônico
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